<font color="yellow" face="Comic Sans MS" SIZE="+2">José e Isaura, pais no sentido mais amplo da palavra: sempre presentes, amigos e companheiros em todas as etapas de nossas vidas

 

 

José e Isaura, pais no sentido mais amplo da palavra: sempre presentes, amigos e companheiros em todas as etapas de nossas vidas. Pais que, com seu exemplo, transmitiram aos filhos e netos os maiores valores da vida: luta – trabalhar com honestidade e ética, amor – conviver com respeito, responsabilidade e solidariedade, ajudando a quem precisasse. Eles cumpriram sua missão nessa vida; meu sentimento é que eu lhes fiquei devendo, talvez porque tenham levado um pedaço de mim ou porque ainda não consegui preencher o enorme vazio que se abriu em meu coração.

O carinho e atenção de nossa mãe, que mesmo trabalhando arduamente nos afazeres da casa, do bar e na educação dos filhos, nunca deixou faltar o amor presente que sempre tivemos. Nosso pai, dedicado e atencioso, para satisfazer o gosto extravagante de uma criança, me acompanhava nas sessões de cinema quando eram exibidos filmes de terror no cine Santa Amélia.

Sempre rigorosos e exigentes na educação dos filhos usavam os recursos que dispunham com a intenção de nos tornar honrados.

Os dois, muitas vezes companheiros de viagens e aventuras; nossa mãe acampando em barracas e encarando com humor as travessuras do fusquinha 69 (“Godot”), que anos depois passaria a ser também o primeiro carro de nosso pai, ainda hoje com a família. Anos mais tarde os passeios tornaram-se mais confortáveis no transporte e hospedagem. Em uma dessas viagens, nosso pai, exímio pescador, conseguiu fisgar um peixe usando unicamente uma cordinha encontrada na areia da praia de Pernambuco, no Guarujá (sem anzol nem isca!).

Nossa mãe, uma mulher simples, sábia e perspicaz; com sua prodigiosa memória nos enfeitiçava contando histórias da saga de nossos avós italianos. “Dúvidas? É só perguntar que ela terá a resposta”. Forte, corajosa e alegre sempre superou com serenidade as dificuldades que a vida lhe impôs e, com certeza, sempre mais deu do que recebeu em todos os seus momentos.

São muitas e incontáveis as boas lembranças dos domingos em torno da farta mesa com o almoço delicioso preparado pelas mãos mágicas de nossa mãe; o atendimento no bar que servia o melhor sorvete da região, também preparado por nossos pais e freqüentado não por fregueses, mas por amigos de todos nós; os filhos ajudavam nos complementos.

Distante da querida Brodowski, as voltas ao lar sempre foram freqüentes para não deixar a saudade agigantar-se. E não é que, numa dessas viagens, já dentro do ônibus na rodoviária de Ribeirão Preto, avisto ao longe, no meio da multidão, um senhor em trajes de pescaria? Houve tempo de sair do ônibus e confirmar que nosso pai voltara do rancho em Rio Verde depois de caminhar quilômetros durante a madrugada até a cidade para retornar para casa, sem avisar ao genro Flávio com quem viajara. “Levado”, esse senhor!

José e Isaura, meus pais. Que dádiva ter compartilhado meus dias com vocês! Foram tantos nos e tão pouco tempo! Mas suas presenças permanecerão sempre comigo, com as lembranças que o amor e a saudade nunca deixarão desvanecer.

Aurinha, a pequena, filha de José e Isaura, meus amados pais.

 

 

92 anos, José, meu pai

88 anos, Isaura, minha mãe

 

Agradeço e me gratifico pelo privilégio de compartilhar de suas longas vidas.

Resgatar de um desvão da memória fragmentos de histórias familiares, reviver sensações, perscrutar sentimentos e lembranças não é tarefa fácil.

Reavaliar relacionamentos, partilhar a vida com aqueles que amo, reconforta-me e me fortalece.

Reolhar meus pais, livre de infantil idealização, assumir humanas fragilidades, anistiar dificuldades, permite-me, agora, retratá-los apenas com as cores do essencial, marcados pelo poder da conciliação, pelo exercício da tolerância e da cordialidade estes são eles.

A honestidade de meu pai – uma das minhas vaidades -; a paciência de minha mãe – jamais a ouvi elevar o tom de voz – permanecem como exemplo.

Ambos amavam a vida como eu a amo.

Este  o precioso legado.

 

Vera Lucia Zapolla Ricci

Novembro/2007

 

 

 

 

Caro Douglas,

 

         Que poderia dizer de seus pais?

 

         O Sr. JOSÉ ZAPOLLA foi uma pessoa simples, honesta e trabalhadora. O que mais admirava nele era o orgulho que ele tinha de sua família. Nas festas familiares, onde todos se reuniam, eu ficava espiando o jeitinho dele chegando a cada um de seus filhos, netos, bisnetos e agregados, feito um “beija flor” segredava um mimo e fazia aquela carinha de satisfação, feliz por ver sua família unida. E eu, carente deste calor paternal, sempre aceitava a inclusão familiar que me era oferecida por ele.

 

         A Srª. IZAURA ZAPOLLA foi uma pessoa sábia. Apaixonada pela vida, sempre interessada em conhecer pessoas, fazer novas amizades, conhecer novos lugares, estava sempre pronta para uma boa conversa. Independente enquanto pode, sempre fazia de seu cotidiano uma tarefa prazerosa, sem nunca se queixar de dores, que com certeza ela já sentia, no final de sua existência. Com ela estabeleci um vínculo mais estreito. Ela foi uma boa amiga, antes de tudo. Sempre preocupada com sua filha caçula Áurea, com quem convivo desde sempre, nos tornamos confidentes e cúmplices no intuito de proteger a “baixinha”. Também emprestava sua figura quando queria homenagear as mães, e sempre a considerei minha segunda mãe. Gostava de dar boas risadas com ela! Seu bom humor, quando encontrava com minha alegria resultava em momentos memoráveis de pura felicidade. Tenho muita saudade de minha amiga Izaura...

         Enfim, seus pais foram tudo de BOM!

         Exemplo de um casal que permaneceu juntos por quase um século, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, e construíram uma família linda com filhos vitoriosos e do BEM!

         Tenho o maior orgulho de ter conhecido, convivido, participado e até me incorporada a esta família tão querida!  A minha segunda família!

 

 

Ana Clara Diniz da Costa

Campinas/SP, 08/11/2007

 

 

Seu Zé Paderim” e Dona Isaura

 

            É tão inexplicavelmente imensa a conexão, a ligação, a amizade mais ou menos sexagenária entre a família Saadi da Floriano Peixoto 922/936 com a família Zapolla, moradora no mesmo quarteirão, por muitos anos uma loja, um lar, um bar e um lar respectivamente, que nem mesmo a mudança de endereço, o casamento dos filhos, a distância e o tempo conseguem apagar as lembranças da infância, da adolescência, da juventude, dos momentos de interação, de comunhão, de cumplicidade entre elas..., de não ser preciso sair de casa para irmos conversar com o Zé Carlos, com a Derlei, com a Meire (como era brava!...), com o “Douglinhas”, com a Verinha, com a caçula Aurinha, ou para comermos, às escondidas alguns amendoins do bar do “Seu Zé Paderim”, enquanto nos deleitávamos com as iguarias de Dona Isaura,  principalmente os doces e os bolos... e para isso, bastava-nos pular a janela, parede e meia com o nosso quintal, do quarto do casal!

         Dizem que recordar é viver! Eu digo que recordar é, também, doer!... Doer de tanta saudade!

... Doer a falta daquela pureza e simplicidade daquele passado tão “bem passado”, saudavelmente vivido... Passado de verdadeira, integra e duradoura amizade!

... Doer a lembrança de que na “viração do dia” (18h), após o jantar, o quarteirão ficava cheio de crianças, jovens e adultos, cada um com sua “distração”, seu bate-papo, sua hora de colocar o dia “em dia” esperando para ouvir a novela do momento! Divertir-se com as situações engraçadas do programa “Balança mas não Cai”! Tudo a partir do rádio, pois a T.V começou a proliferar a partir dos anos 60!

... Doer a ausência das “raízes” que nos ensinaram a fidelidade nos relacionamentos, a verdade nos sentimentos, a honestidade nos compromissos, a humildade na grandeza de amar!...

         Os rebentos nascidos da árvore Saadi entrelaçaram-se, ad-eternum, aos renovos originados na árvore Zapolla e, ainda que os velhos galhos caiam, sofram podas, as árvores e suas raízes continuam a vicejar, a produzir seiva, alento e vigor caladamente profetizando. “Desta cepa tem mais, muito, muito mais!...

         A terra que as alimentou e a água que as dessedentou e abençoou nascem do e no mesmo pomar!

         E este pomar chamado Brodowski, chora a ausência, e falta deste sentimento tão maravilhosamente recíproco e cultivado entre estas duas integras famílias Zapolla e Saadi!       Uma fidedigna e respeitosa amizade, para toda a eternidade!...

         Zapolla e Saadi são marcos, são histórias de nossa cidade Brodowski, berço igualmente de Cândido Portinari.

         Saadi e Zapolla, pelos retos exemplos que sempre deram, são famílias dignas de muita “loa”... Eta gente boa!

... gente que valeu, e vale, a pena conviver, porque sua alma não é pequena e enorme é seu bem querer!

         Como fomos felizes nessa quadra da vida, neste quarteirão da Floriano Peixoto, compartilhando e convivendo pacificamente com as famílias Valente, Aidar, Albarello, Chodraui, Stecchini, Scozzafave, Lorencini, Prado e Bravo.

         Bons tempos que continuarão valendo a pena e a vida, se os descendentes, diante das circunstâncias boas e más, pegarem o arado, das atitudes, dos bons pensamentos e das palavras sensatas, recordando-se da alegria do passado, olharem para frente e confiarem e agirem de maneira que o futuro lhes seja, por Deus, plena e amplamente abençoado!

 

Márcia Saadi

23/10/2007

 

 

Sobre seus pais

 

         Tenho lembranças bem nítidas das férias que passei em Brodowski e das vezes em que dormi na casa de meus tios Jose e Isaura.

         Vocês, meus primos, foram muito importantes na minha infância, quando tivemos mais contato.

         Sempre vi meus tios José e Isaura como duas pessoas muito especiais que transmitiam aos outros exatamente o que eram: calmos; tranqüilos, educados , respeitadores e atenciosos

         Acho isso uma qualidade rara  e em duas pessoas unidas, mais raro ainda.

         Por isso é que formaram essa família maravilhosa.

         Eram duas jóias cujos tamanhos eram inversamente proporcionais às suas preciosidades.

         Vou sentir muitas saudades e tristeza por saber que não mais os verei.

         A distância nunca foi motivo de quebra de laços para com eles e com vocês, meus primos.

 

Beijos. Amo muito vocês

 

CLELIA MARIA MARTINI RODRIGUES

Novembro/2007

 

 

O amigo José Zapolla

 

 

         Há pessoas que passam por esta vida, e conseguem pelo seu modo de ser, pela sua conduta e simpatia, deixar marcado na memória das pessoas, a sua história.

         O Sr. JOSÉ ZAPOLLA, o ZÉ PADEIRINHO como era chamado foi uma dessas pessoas.

         Zé Padeirinho por que havia sido padeiro em nossa cidade, e o diminutivo Padeirinho, talvez pela sua baixa estatura. Mas, tamanho não é documento, diz o pensamento popular ele provou esta verdade.

         Estabelecido na Rua Floriano Peixoto, no centro da cidade, com um bar e sorveteria, criou a sua família de forma exemplar, recebendo até os últimos dias da sua vida, a atenção e o respeito de todos os seus descendentes.

         Mas não foi só. O Sr. José criou um circulo de amizades de tal forma que o Bar do Zé Padeirinho se transformou na referencia da torcida bandeirantina, em especial, e de toda uma cidade em geral.

         Ainda criança, eu ia aos domingos comprar picolé no seu bar antes de voltar para casa às 21 horas, o horário inadiável determinado pelos meus pais, Antonio Fabbri e Olga Rossi Fabbri, e lembro claramente do bar cheio e movimentado e ele com sua simpatia servindo a todos.

         Foi Presidente do C.A.Bandeirante por vários anos, atuando com seriedade e com muito trabalho, levando o clube à vitórias e sucessos.

         Era também um homem de visão. Quando em 1978 fui escolhido para presidir o clube e tivemos, digo tivemos, pois a tive junto com um grupo de amigos, a idéia de transferir o campo para o local onde hoje se encontra o complexo esportivo bandeirantino, um dos maiores da nossa região,  fui conversar com ele a respeito, explicando os nossos planos, arrojados para alguns e impossível de ser realizado para outros.

         Ele me ouviu atentamente e compreendeu que aquela seria a solução definitiva para a grandeza do C.A.B.

         Após um breve silêncio me disse:  Olha rapaz pensa bem o que vocês vão fazer, este patrimônio não é nosso, é do povo”.

         Confesso que aquela advertência me fez sentir ainda mais o peso da nossa responsabilidade, e a mim serviu como uma bússola durante todo o empreendimento, que deu certo e atingiu plenamente o seu objetivo.

         Poderia falar muito mais a respeito do seu Zé. Há muitas historias boas das quais ele participou como homem de bem.

         Quero deixar aqui registrado o respeito e admiração que sempre tive pelo senhor José Zapolla, e que dedico este depoimento a todos os seus familiares, e em especial ao amigo e irmão Antonio Douglas Zapolla, seu filho.

 

ANTONIO JOSÉ FABBRI

Prefeito Municipal

24/ Novembro/ 2007

 

 

 

MEU COMENTÁRIO

 

         Cheguei a Brodowski no ano de 1.987.

         Fiz muitos amigos nesta querida cidade, um deles em especial, o Sr. José Zapolla, o “Padeirinho”.

         Nossos laços de amizade foram aumentando gradativamente, na mesma medida em que crescia a nossa convivência.

         Como médico, tive a honra de ter o “Padeirinho” com um dos meus pacientes mais ilustres. E como Presidente do C.A. Bandeirante, tiver no Sr. José Zapolla, além de um parceiro na torcia pelo time do coração, um braço forte e amigo, que muito me ajudou a conduzir os destinos do Vermelhinho.

         E como falar de José Zapolla, sem mencionar a Corrida de SÃO Silvestre, de Brodowski. Foi em 1.937, quando o idealizador e outros abnegados brodowskianos, criaram a prova que se tornou, ao longo dos anos, uma das mais importantes do interior do Estado, já tendo reunido a elite do atletismo nacional e corredores de outros paises.

         Poderia escrever um livro, e ainda assim seria pouco para expressar minha admiração,  meu carinho e a minha felicidade por ter tido o privilegio de conviver com o Sr. José Zapolla, cuja memória está eternizada em lugar de destaque na história de Brodowski.

 

Dr. ALFREDO AMADOR TONELLO

Vice Prefeito Municipal

14/novembro/2007

 

 

UM BANDEIRANTINO INESQUECÍVEL

 

Tempos atrás, na sala de reuniões do C.A.Bandeirante, observando a galeria dos Ex-presidentes, analisando suas trajetórias, deparei-me com um rosto. Um rosto sereno e tranqüilo.

Uma pessoa que dedicou mais de 50 anos de sua vida ao clube e ao esporte de Brodowski.

Honestíssimo.... de caráter irretratável....

Assim foi em sua longa vida.

JOSE ZAPOLLA, o PADEIRINHO.

Um exemplo de homem e de chefe de família. Pai, avô e bisavô admirável.

Em seu bar por mais de 30 anos foi o ponto de encontro dos bandeirantinos que por ali passavam.

Padeirinho se foi, deixando como sua maior herança o seu passado acima de qualquer dúvida.

De um coração boníssimo, amava o seu clube como se fosse sua segunda família. Destituído de maldades, cultivou o amor fazendo o bem sem olhar a quem.

Ao deixarmos à sala de reuniões do clube, voltamos a admirar tantos heróis que gratuitamente cuidaram tão bem daquele valiosíssimo patrimônio, fundado em 16 de agosto de 1.933, quando José Zapolla tinha 19 anos, e que é um orgulho até hoje do futebol amador do Estado de São Paulo, e do qual se sagrou campeão invicto em 2.002. Este feito somente foi possível graças à semente plantada e regada por homens notadamente idealísticas, como foi José Zapolla, a quem hoje homenageamos.

Que lá do Alto, possa com os seus fluidos irradiar ações positivas nos jovens diretores de hoje para que a bandeira tricolor possa ficar sempre no cume mais alto do esporte amador estadual.

Obrigado, José Zapolla, muito obrigado....

 

(CAETANO JACOB, 24 de outubro de 2.007 )

 

 

JOSÉ ZAPOLLA,  o “ ZÉ PADEIRINHO”

 

 

         O homem que com o tempo demonstrou a todos o seu amor ao esporte e especialmente ao Clube Atlético Bandeirante. Foi um dos mais aguerridos e persistentes bandeirantinos que conheci.

         Lembro-me do seu bar, que todos os dias era freqüentado pelos esportistas, mas era aos sábados que a freqüência aumentava, pois saia em uma louzinha a tão esperada lista de convocação para mais uma partida do C.A. Bandeirante no domingo, fosse ele o técnico ou não do tricolor.

         Como reconhecimento pelo amor e dedicação deste homem ao C.A. Bandeirante é que como vereador, em 1.994, fiz através da Lei nº 028/94, de 23 de maio de 1.994, aprovada por unanimidade no dia 01 de agosto, em segunda discussão pela edilidade, uma homenagem, talvez a mais marcante para ele, porque foi feita em vida, na época com 80 anos e com muita saúde,  e permanecerá para sempre, dando a uma praça pública, lugar que ele considerava sagrado,  em frente ao C.A. Bandeirante, o seu nome : PRAÇA JOSÉ ZAPOLLA ( ZÉ PADEIRINHO )

         A ligação da família ZAPOLLA como o C.A.B. e comigo era tamanha, que no ano 1989/1990, quando fui presidente, o 1º Secretário era Antonio Douglas Zapolla, filho do nosso querido Zé Padeirinho, que lá estava constantemente jogando o seu tradicional “truco” ou bochas.

         Será sempre lembrado como um dos maiores bandeirantes.

 

NELSON AGOSTINHO

Ex-Presidente do C.A.Bandeirante 1989/1990

Vereador 1994

 

 

 

 

 

MOMENTOS QUE JAMAIS SERÃO ESQUECIDOS

 

 

Lembranças dos momentos vividos ao lado da querida D. Isaura.

 

         Há momentos em nossas vidas que apenas foram levados pelo tempo, mas o sentimento verdadeiro permanece em nossos pensamentos e em nossos corações.

         Sempre me recordo dos bons momentos em que passei ao lado de uma pessoa muito especial e companheira. Companheira, porque convivi e aprendi a arte do querer viver e ser feliz. Foi amiga, uma criatura que transmitiu seus conhecimentos e experiências de vida com dedicação e amor.

         Foram momentos de experimentações, pois já que estamos aqui na Terra somente de passagem para receber e transmitir o que nos foi oferecido perante as Leis de Deus.

         Continha em seu olhar, um tesouro da consciência tranqüila, com o sorriso da fraternidade e com a alegria de viver e trabalhar.

         Quando acreditamos, sentimos firmeza, sonhamos, buscamos a certeza dos porquês que a vida nos oferece, o pensamento nos eleva,  nos engrandece, nos torna corajosos, e acredito que sua alma, sente-se honrada por fazer parte de nossos encontros sentimentais.

         Expresso os maiores agradecimentos e o meu profundo respeito, que sempre serão insuficientes, diante de uma amizade fraterna e verdadeira.

 

AURILENE CRISTINA SAQUETO

07/novembro/2007

 

 

ZÉ PADEIRINHO E O C.A.BANDEIRANTE

 

 

         Na década de 1950/1960, o futebol era o esporte preferido em nossa cidade.

         Nessa época o Brodowski F.C., identificado pela família HONORATO, principalmente, e o C.A.Bandeirante, personalizado pela família ZAPOLLA ( José Padeirinho, José Carlos, Douglas e Covinha, além das torcedoras Meire e Derlei) eram os dois clubes que disputavam os campeonatos com grande rivalidades, sempre com grandes craques e times bem formados.

         Quantos derbis inesquecíveis.

         Os torcedores eram rivais no esporte, mas tudo era disputado sem violência. Quando os dois clubes se enfrentavam no campo, após o jogo, os jogadores e torcedores do C.A.B. se reuniam no Bar Canta Galo, o popular Bar do Zé Padeirinho, como era conhecido, para comemorar a vitória ou comentar a derrota.

         A rivalidade maior entre ZAPOLLA e HONORATO era reforçada pelo fato de que eu, ponta direita do Brodowski FC, que tinha como característica, a velocidade, tinha no Zé Carlos, Filho do Padeirinho, um dos melhores zagueiros da cidade e região, o meu grande marcador, o que deixava os torcedores arrepiados para verem quem levava a melhor nas jogadas. E fosse quem fosse que levasse a melhor sempre imperou um pelo outro o maior respeito e consideração. Afinal de contas, a integridade física era sempre colocada em primeiro plano, e a técnica sempre prevalecia.  Enfim, no esporte bretão de BRODOWSKI este duelo AYRES / JOSE CARLOS ficou marcado dentro dos derbis brodowskianos.

         Ele, Zé Padeirinho, com toda força que deu ao futebol de Brodowski acolhia a todos, dentro de seu reduto, sempre com muito respeito, e jamais um torcedor brodowskiano foi maltratado ou agredido por um bandeirantino. Isto às vezes, era coisa para os fanáticos, mas fora do seu bar ou do Bar do Honorato.  Lá quantas partidas de bilhar envolviam os torcedores de ambos os clubes, e depois tudo comemorado com o famoso sanduíche do Sr. Luiz Honorato.

         O Sr. José Padeirinho nunca confundiu o esporte com amizade e a sua memória será sempre lembrada pelo povo de Brodowski como uma pessoa honesta, batalhadora, e que tudo fez pelo sucesso do seu clube. Por isso tudo, tínhamos, temos e continuaremos tendo o maior respeito pela sua memória. Um exemplo a ser seguido pelos esportistas de hoje.

 

Ayres  Honorato

Ponta direita do Brodowski F.C.

30/outubro/2007

 

 

UMA PESSOA INESQUECÍVEL

 

      Os momentos que passei com o ilustre Senhor JOSÉ ZAPOLLA, me trouxeram conhecimentos que jamais serão esquecidos, pois este foi um homem de caráter, responsável e exemplo a toda sociedade, por isso me orgulho por ter conhecido esta admirável pessoa.

      Honesto, trabalhador, apaixonado pelas coisas que fazia, dedicou parte da sua vida ao esporte, notadamente ao Clube Atlético Bandeirante.

Nunca se ouviu uma palavra que viesse macular a sua pessoa.

JOSÉ ZAPOLLA foi um exemplo e infelizmente, com a sua morte, nossa querida Brodowski, perdeu um incrível e insubstituível cidadão.

Orgulho-me de falar do Sr. José Zapolla, exemplo como chefe de família, como companheiro, como esportista. Construiu sua historia, bem como de sua família, marcada pelo trabalho, pela decência, e acima de tudo, pelo amor à nossa terra, se tornando UMA PESSOA INESQUECÍVEL.

 

GILMAR BERLESE

12/Novembro/2007

      

 

 

O Casamento do Peru

 

 

         Agosto de 1977, Sábado. Passei um ar, lustrei e o fusca ficou um brinco.

Como de costume, passei pelo foto para saber das novidades Leonisticas. O Lions Clube de  Brodowski havia sido fundado em 09/02/1977, e o Douglas, filho do Padeirinho, e eu, fomos associados fundadores.

De repente, lembrei-me do casamento às 11h, em Olímpia. Não tive duvidas:

― Seu Zé Paderim – Vamos dar um passeio em Olímpia?

― Você está louco, rapaz! É longe pra burro. Uma vez eu fui com o C.A.Bandeirante e chegamos aqui quase meia noite!

― E o que é que você vai fazer lá?

― Vou ao casamento do meu colega do banco, o Peru!

― E quem é que vai?

― Estou procurando companhia!

― Ta bom, deixe-me avisar a Isaura.

         E logo estava de volta, já pronto para a viagem. Passava das 8h 30min quando saímos. Procurei fazer um roteiro rápido. Morro Agudo, Viradouro, Bebedouro, Monte Azul e Olímpia.

Falamos de tudo na viagem e quando vi já estávamos lá. O casamento começou, estava calor e ficamos do lado de fora da igreja. Nem vimos o Peru, o noivo.

A festa seria na roça. Ai falei com meu amigo Padeirinho:

          Vamos sujar o fusquinha?

-         É uma judiação. Está tão limpo. Por mim, vamos embora de volta para Brodowski.

-         E viemos, nem fomos à festa do casamento do Peru, amigo do Banco. .

         Voltamos e passamos em Bebedouro para comer um lanche. Por volta das 14h já estávamos em Jardinópolis. De caso pensado eu sem falar nada, surpreendi o seu Zé quando estacionei na casa da minha namorada.

Meio sem saber o que falar ele não teve duvidas:

― Cuidado com este rapaz ele é louco. Pelas minhas contas, andei uns 300 Km, fiquei uns 10 minutos na porta da igreja, fui a um casamento de um tal Peru, que nem sei se ele se casou e o pior o presente ainda ficou no banco de trás. Coisa de malucos.

Trinta minutos depois já desfilávamos com o fusca azul pelas lindas ruas de nossa terra natal., e logo o Zé Padeirinho estava de voltas para  sua querida Isaura, que o esperava ansiosa.

Este era o Zé Padeirinho. Sempre pronto a acompanhar um amigo,  sempre bem disposto. Não sabia falar não. 

Uma história banal de juventude, mas que ficará marcada para sempre em  minha memória, pois tive ao meu lado, um personagem dos mais queridos em Brodowski, e que simplesmente me acompanhou para ir a um casamento de uma pessoa que nem conhecia. Apenas pelo prazer da companhia de um amigo.

 

 

Luiz Antonio Puga (brodowskiano)

Jardinópolis – 30/10/2007

 

 

BOM DIA,

 

         D. Isaura, um bom dia onde a senhora estiver.

         Como todos os dias, o nosso bom dia era na esquina da casa da senhora. Agora, a esquina ficou vazia para mim. Sinto muita saudade....

         O nosso ultimo bom dia foi no seu portão, no penúltimo dia de sua partida. Você foi ao encontro do Sr. José, que eu tanto admirava. Ele era um avô para os meus filhos. Sempre atencioso, ele trazia manga, chuchu, goiaba para as crianças.

         Na sua doença, como a ligação dele foi forte comigo. Como ele se sentia bem, quando desanimado, pedia para que eu o benzesse com as flores especiais, e que de certa maneira, o reconfortava, o que sempre agradecia com um beijo respeitoso em minha mão. E isto também me dava muita satisfação, pois estava fazendo bem a uma pessoa que naquele momento, tanto necessitava de orações e de ajuda.

         Só ficou saudade e boas lembranças. Vocês estão em bom lugar, pois vocês merecem um lugar especial na casa de Deus.

         É para sempre um ADEUS. E uma saudade eterna que jamais será apagada de meu coração.

 

CELESTE FRATA FINOTTO

09/novembro/2007

 

 

         Comecei a trabalhar na casa da D. Isaura, em 2.004,  durante um ano e tive que parar durante algum tempo e logo em seguida voltei.

         Foi ai que passei a conhecer melhor a D. Isaura, o Sr. José e toda família. Fui me apegando à eles e o relação passou a ser além da prestação do serviço, também de amizade. Infelizmente, o Sr. José foi ficando doente e precisou de uma pessoa para cuidar só dele. Então, comecei a ajudá-lo, o que fazia com muito carinho, nos finais de semana, Me afeiçoei, passando a tê-lo quase como meu pai. Apesar de sua doença, ele era sempre muito amável, carinhoso e sério. Foi difícil, mas algumas vezes consegui faze-lo sorrir.  

         Com o passar do tempo, infelizmente, ele piorou vindo a falecer no dia 15 de julho de 2.006. Fiquei muito triste, mas ele vai ficar na minha lembrança para sempre.

         Ai então, a partir daquele mês, comecei a dormir na casa da D. Isaura, além de fazer o serviço de limpeza, para não deixa-la sozinha, especialmente à noite. Nossa amizade cresceu, eu me dava muito bem com ela e ela comigo. Fui pegando um amor tão grande nela que eu a tinha como mãe, e sei que ela também me considerava como uma filha. Tiramos até muitas fotografias juntas.

         Às vezes, ficava zangada comigo, mas eu sabia que era para o meu próprio bem, porque ela sempre colocou as coisas com muito amor e não queria ver o meu mal, e se preocupava comigo e com meu filho.

         Fiquei com ela durante um ano praticamente e quando ela começou a mostrar uma debilidade, a Derlei a levou para Batatais para alguns exames e ela acabou ficando lá com ela. Eu fiquei também alguns dias por lá, onde todos me trataram muito bem. 

         Ela começou a ficar bem melhor e então eu voltei para casa, esperando então que ela viesse para a sua casa e eu iria voltar a cuidar dela.

         Mas, no dia 30 de agosto, ela faleceu e quando me deram a noticia, foi um choque muito grande. Fiquei muito triste porque sabia que nunca mais a veria, mas temos que nos conformar. Continuei a trabalhar na casa alguns dias e ai no meio do mês de setembro, parei.

         Ficou uma grande amizade com a Tarcilia, com o Douglas, e com toda família  e sempre que posso vou visitá-los.

Foi um período de minha vida muito importante, porque pude trabalhar para pessoas boas, honestas, com as quais aprendi muito. Eles foram muito bons comigo e eu espero manter a amizade de toda família para sempre.

 

Carina Aparecida Miguel

 

 

 

 

JOSE ZAPOLLA, um pequeno gigante, fez de sua missão, tanto no Clube Atlético Bandeirante como em sua família, um exemplo marcante para seus companheiros de jornada.

(Geraldo Antonio Gotardo, Alemão, massagista e diretor do C.A.B. (1ª. fase ), 18/10/2007)

 

 

         Perdemos nossos vizinhos e amigos de 33 anos, D. Isaura e Sr. José Padeirinho. Sei que foi um chamado de Deus. Agora ficou um vazio triste.

D. Ilda Azevedo Leite, vizinha, 20/10/2007