UMA
QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
As perdas e ou recrutamento
de associados nos clubes e as dificuldades em manter um quadro social ativo,
talvez seja um assunto que todos nós estamos cansados de ouvir falar e que tem sido tratado em vários
boletins de clubes. preocupações com as despesas e obrigações para com os seus
clubes, o arroxo financeiro e a perda do poder aquisitivo, além do corre-corre
diário na busca de alternativas para reforçar o orçamento doméstico e o compromisso da freqüência 100% nas reuniões e ou Assembléias do clube.
Aí vem a
pergunta: de quem é a culpa? o que estamos fazendo para amenizar esta situação
? Será que também não estamos, nos
omitindo ou mesmo nos transformando em
escravos do hábito, de repetir todos os dias as mesmas coisas, preocupando
apenas com a burocracia e outros assuntos internos de nossa instituição? Será
que não estamos deixando em segundo plano um dos nossos principais objetivos de Lions : interessar-se
ativamente pelo bem estar cívico, cultural, social e moral de nossa comunidade?
Será que não fomos muito
rígidos obedecendo ao que está escrito em nosso regimento interno, indicando
este ou aquele candidato que muito embora tenham ficha limpa nos cartórios, mas com nenhum espírito de solidariedade
humana, e mal esquentam a cadeira já se evadem? Será que a evasão desses associados, não foi porque não atendeu
às suas expectativas, não tendo a oportunidade de ocupar algum cargo de
diretoria ou comissão, ou a falta de envolvimento nas atividades do clube, cujo
propósito era manter algum status perante a comunidade visando benefício
próprio ? Será que estão sendo atraídos por outros clubes, entidades e ou
associações, que além de status, bom companheirismo, boa amizade, encontros
cordiais, e jantares, estão lhes proporcionando
aquilo que não encontraram no Lions? Além destas, outras indagações.
Se
quisermos olhar com mais otimismo o futuro de nossa instituição, devemos
aceitar a modernidade, conviver com os novos tempos, mudar de trajeto, virar a
mesa, vestir uma camisa nova e arregaçar as mangas, partindo para um plano de
ação, não apenas de assistencialismo, servindo a comunidade carente com doações
de cadeiras de rodas, de banho, lentes e óculos, remédios e cestas básicas etc,
mas sim, na elaboração e execução de projetos
sociais e programas de políticas públicas que contemplem os interesses
comunitários, divulgando em nossa comunidade e publicando em nossos boletins,
as atividades por nós desenvolvidas, quem sabe por menor que sejam, seremos mais reconhecidos, deixando de
sermos tratados como clubes de jantares, facilitando ainda mais na conquista de
novos sócios.
É obvio
que o crescimento do quadro social de um clube, é um assunto muito importante, porém não é uma questão só
administrativa, nem de tempo, é uma questão de sobrevivência, devemos nos
pactuar sempre à espreita de pessoas em
nossa comunidade, com disposição para a
prática do bem e dos serviços humanitários, apresentando seus nomes para
aprovação em nossas reuniões.
Porque não repensarmos no recrutamento de mulheres de nossa
comunidade, fazendo prevalecer a força feminina no conceito social? Porque não
incentivarmos às nossas Domadoras que
são às nossos baluartes, lideres por natureza e já possuem um
profundo conhecimento de nosso movimento.?
A princípio, e a força jovem, os
antigos Leos; que além de conhecerem um
pouco de nosso movimento, ainda poderão
atrair outros jovens casais de nossa
comunidade que poderão ser uma grande
fonte de investimento, tanto no
presente, quanto no futuro de nosso
movimento.
Porque
não reativarmos os Clubes de Leos, incentivados pêlos jovens companheiros de
ideais de outros clubes de serviços como: Demolais e Rotaracts, de igrejas etc.
Nunca
devemos concordar que foram esgotados todos os meios, os associados mais
velhos, são com certeza, dedicados e têm um bom conhecimento de nossa
associação e das carências humanitária, mas terão que lembrar sempre que não
são eternos, devem aceitar as mudanças, e deixar de lado o saudosismo, e
conviver com os novos tempos, porque tudo na vida passa, tudo envelhece e
morre, só não passam os bons exemplos que você planta e o amor que você reparte
Pergunta-se:
O que será do nosso movimento no futuro?
Falência ?
Acreditamos
que ainda não, o caminho não está bloqueado, não existe beco sem saída, não
podemos mais ficar como elefante de
circo, esperando o circo pegar fogo para começarmos a movimentar, as
ferramentas estão aí, evitemos a morte em doses suaves, acreditando sempre que
estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de “Respirar”!!!
CL ANTONIO OLIMPIO DIAS
Lions Clube de Brodowski
Obs.: Publicado no Boletim LEÃO DE
BRODOWSKI, nº 145. fevereiro/2006
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