Antonio Douglas Zapolla: o eterno
fotógrafo
Ele é um homem determinado,
responsável, apaixonado pela fotografia e muito prestativo à comunidade. Aos 60
anos de idade, Antonio Douglas Zapolla, é um exemplo de responsabilidade
social. Ele sempre gostou de registrar momentos e eventos que fizeram e fazem a
história de nossa Brodowski. São 39 anos dedicados à fotografia e Douglas
jamais pensou em deixar essa "fascinante e envolvente" profissão.
Nascido em Brodowski, ele começou a estudar no Tiradentes, onde cursou o
primário. "Depois eu fiz o colegial e parei", conta. Esforçado, ele
começou a trabalhar aos 15 anos no Correios. Lá ele fazia de tudo um pouco.
"Naquela época a gente buscava correspondência na estação do trem e
distribuía. Eu também fazia o balanço, os controles", relata. No
Correios, Douglas ficou por quatro anos.
Depois ele foi trabalhar em Ribeirão Preto, no banco de São Paulo S/A, onde ficou sete anos. Mesmo trabalhando em Ribeirão, ele já tinha
um pequeno estúdio de fotografia montado no fundo de casa. Quando saiu do
banco, em 1972, Douglas começou a trabalhar com seu pai no próprio estúdio e
está no mesmo local há quase 40 anos.
Em
12/011974, ele casou-se com Maria Tarcília Pereira
Zapolla, com quem vive até hoje, eles não tiveram filhos, mas têm um cachorro basset, 9 anos que é o xodó de
Douglas. Seu nome é Doug, ele é campeão de natação e
futebol.
Douglas começou a ser conhecido na região inteira pelo seu trabalho de
fotógrafo. Sua determinação levou-o a começar a fazer filmagem de casamento,
aniversários e eventos sociais. "Fazia foto 3x4, revelação, casamento,
aniversário e reportagem social, onde mais destaquei", disse.
Além do esforço, não falta talento. Douglas tem características de
um fotógrafo profissional. Aprendeu tudo na prática. "A prática te
encaminha".
Ele lembra com
orgulho do primeiro casamento que filmou , foi no dia
04/11/83, do senhor Valdomiro Lázaro Lanchoti.
"Naquela época era tudo bem diferente, a câmera não tinha fita, tinha que
carregar o vídeo cassete onde ia", lembra.
Douglas sempre trabalhou sozinho e como não tinha uma equipe, ele contratava free lancer (profissionais), para
ajudar nas fotos.
Apesar de ter
registrado muitos casamentos, ele não esconde que é emotivo. Ele já passou por
muitas histórias marcantes. "Eu sou muito emotivo, me emociono em
casamentos", conta. Ele lembra de duas passagens
que marcaram: a entrega do título de cidadão brodowskiano para Saulo
Ramos, na época ministro da Justiça. E o casamento da família Ricci em Batatais, ele era amigo da família e a noiva havia
perdido o irmão há menos de um mês. "Ela chorou muito no casamento e eu
também me emocionei"
Ele não parou por aí,
Douglas sempre colaborou com a comunidade. Em foi o fundador do Lions
Clube de Brodowski em 1977, já ocupou todos os cargos e foi presidente três
anos. "Já fui também vice-governador do Distrito", disse. Em 1983,
foi a vez da maçonaria, onde também já ocupou
todos os cargos, hoje ele é tesoureiro nas duas instituições. "Eu fico
muito feliz, pois é sinal de que as pessoas têm confiança em mim e acreditam no
meu potencial. Mostra que tenho conceito, credibilidade, dedicação e levo a
sério tudo que faço", disse.
Douglas tem freqüência
de 100% nesses 30 anos de Lions. Na loja maçônica ele já foi também destaque,
como delegado de grão-mestrado. "Eu que acompanhava o trabalho das lojas
da região", conta. Ele já participou do C.A. Bandeirante como secretário e
outros cargos. Também fez parte da diretoria da Sociedade Recreativa 22 de
Agosto e foi um dos fundadores da APAE. O fotógrafo também está sempre presente nos eventos do museu Casa de Portinari.
Além de fotógrafo é também escritor. Em 2000, ele escreveu o livro, "... e
a Luz foi feita" falando sobre os 100 anos da loja maçônica.
Também já foi presidente no Projeto
Amanhecer. Agora Douglas faz seu trabalho de fotógrafo como sempre fez e faz a
manutenção dos sites criados por ele . No total são
11: Luz de Brodowski, Compromisso de União de Brodowski, Lions Clube de
Brodowski, C.A.Bandeirante, Lions Clube
de Batatais, Lions Clube de Altinópolis, Loja Maçônica Washington de
Batatais, Filantropia de Batatais, Amor e União de Batatais, (todas de
Batatais) e Loja Maçonica
Irmãos de Sertãozinho. "Nas horas vagas eu ficava fazendo algo útil para a
sociedade, como a criação desses sites, as pessoas podem conhecer melhor o
trabalho", disse.
Hoje,
Douglas se orgulha em contar sua história, pois um dia, quem sabe daqui 100 anos, outras pessoas estarão lendo e vendo os
registros deixados por ele na cidade de Brodowski e a região. "Se não
tivesse a pessoa que registra, não teria história. Fico feliz em ter meu nome
gravado. A minha preocupação sempre foi registrar eventos sociais relacionados a cidade. Sinto prazer em deixar registrado aquilo que a
cidade vive hoje", concluiu o eterno fotógrafo brodowskiano.
Obs.: Reportagem publicada no jornal FOLHA
DE BRODOWSKI, de Brodowski-SP,
no dia 04 de março de 2.007, escrita pela Jornalista MILENA TOMAZINI.